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Vela

A vela é um desporto náutico em que as embarcações se deslocam na água através da força do vento. Os primeiros barcos à vela recreativos e desportivos surgiram nos inícios do século XVII, por mão dos nobres e dos comerciantes dinamarqueses. Ainda nesse século, o rei Carlos II de Inglaterra popularizou a vela nas ilhas britânicas depois de ter recebido um iate de prenda da parte do povo dinamarquês. Anos mais tarde, em 1720, foi fundada na Irlanda a primeira associação de amantes da vela, a Cork Water Club. Em 1815 nasceu, na ilha de Wight, o Royal Yacht Club de Inglaterra, atualmente a mais antiga organização de vela do mundo.

Em 1851 realizou-se a primeira competição de vela de todos os tempos. Um só barco americano, o América, aceitou e venceu o desafio de competir contra quinze veleiros ingleses numa corrida à volta da ilha de Wight, denominada Hundred Guineas Cup. Este feito ajudou bastante ao desenvolvimento da vela nos Estados Unidos. Aliás, o nome deste barco deu origem, em 1857, à hoje muito famosa America's Cup, a prova mais importante do calendário internacional, que depois de ter sido dominada pelos norte-americanos é agora também feudo de australianos e neo-zelandeses.

Por ser um desporto antigo, a vela faz parte do calendário dos Jogos Olímpicos de Atenas desde o início da era moderna, ou seja, desde 1896, embora nessa edição não tenha chegado a haver provas por causa do mau tempo que assolou a Grécia na altura. Assim, a estreia ficou adiada para 1900, em Paris.

Na altura imperavam as embarcações gigantescas, pesadas à tonelada, quando hoje em dia predominam as pequenas, onde quem faz a diferença nas corridas são os atletas.

As classes em disputa nos Jogos Olímpicos já foram alteradas diversas vezes ao longo dos anos e em Sydney'2000 houve provas de Soling, Tornado, 49er, 470, Star, Finn (só para homens), Laser, Europa (só para mulheres) e Mistral (windsurf).

O clube náutico mais antigo de Portugal e também da Península Ibérica é a Associação Naval de Lisboa. Foi formalmente constituído com o nome de Real Associação Naval, a 30 de Abril de 1856, ao serem publicados os seus Estatutos, no Diário do Governo, assinados pelo Rei D. Pedro V. O seu objetivo era então  «animar a construção e navegação de iates ou barcos de recreio, e promover o divertimento das regatas em Portugal». A designação inicial foi alterada para Associação Naval de Lisboa, em 1911, e é um dos trinta clubes náuticos mais antigos da Europa. Anos antes, em 1898, foi organizada a primeira regata Oceânica efetuada em Portugal, com o percurso Porto-Cascais, e que foi ganha pelo iate “LIA” da Rainha D. Amélia.

Com a aposta na promoção da vela ao longo dos anos, Portugal, apesar de não ser uma potência da vela internacional, já ganhou algumas medalhas olímpicas na modalidade, a primeira das quais em 1948, em Londres. Os irmãos Fernando e Duarte Bello conquistaram a medalha de prata na classe Swallow, depois de terem sido considerados vencedores. Uma série de protestos acabou por relegar a dupla portuguesa para a segunda posição. Em 1952, em Helsínquia, Joaquim Fiúza e Francisco Andrade alcançaram o bronze na classe Star. Já em 1960, em Roma, e novamente graças a uma dupla de irmãos, José e Mário Quina, Portugal regressou ao pódio olímpico. Mais uma medalha de prata, desta feita na classe Star. Depois, foi preciso esperar até aos Jogos de Atlanta, em 1996, para a vela portuguesa voltar a brilhar. Nuno Barreto e Hugo Rocha conquistaram o bronze na classe 470.

No Desporto Escolar, e com o apoio dos clubes e do associativismo desportivo, a prática da vela foi atraindo cada vez mais alunos de várias escolas. A embarcação usada, que se destina a crianças dos 7 aos 15 anos, é o Optimist, que foi construído em 1948 e rapidamente se tornou popular.

Axel Damsgaard viu a embarcação pela primeira vez, quando visitava com o seu barco os Estados Unidos da América, e, no regresso à Dinamarca, promoveu a pequena embarcação. Tornou-se popular em toda a Escandinávia, onde foi batizado de International Optimist Dinghy, ainda hoje o nome oficial.

A sua divulgação na Europa aconteceu ao longo dos anos 60 e, em 1962, realizou-se o primeiro Campeonato do Mundo em Hamble, na Inglaterra. Antes, em 1957, tinham-se unido sete nações para a criação do IODA – International Optimist Dinghy Association.

Durante os anos 70, a popularidade dos Optimist espalhou-se pela Ásia, África e América Latina e, em 1973, a classe recebeu o status internacional através da autoridade máxima da vela mundial, a International Yacht Racing Union (atual ISAF).

A classe, em que se iniciaram muitos velejadores olímpicos e que em Portugal foi criada em 1975, nasceu em 1948 e conta com cerca de 150 mil velejadores, espalhados por 97 países. O Optimist é fabricado por 29 construtores, de 22 países, tornando-se na classe com maior número de velejadores registados e com maior crescimento anual. A atividade internacional da classe é regulamentada pela IODA.

Neste momento, em Portugal, existem 28 velejadores de Alto Rendimento na Federação Portuguesa de Vela.

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